As escolhas que fazemos para nossos filhos

Imagem retirada daqui
Antes de nos tornarmos mães/ pais, as nossas escolhas, por mais difíceis que sejam, são, talvez, mais fáceis de serem feitas. Por mais que pensemos bastante até decidir por algo, nossas decisões estão baseadas na nossa personalidade e experiências e, claro, no que queremos para si e ponto. É uma tomada de decisão que interfere na vida alheia, mas será saudável, desde que se tenha uma boa percepção e equilíbrio na convivência com outras pessoas.

Escolhemos ter filhos (independente se há planejamento para tal) e eis que eles chegam para mudar nossas vidas. É uma mudança total, por isso até costumo falar que nossa vida se divide em duas etapas, antes e depois da chegada dos filhos.

Para nossos bebês, escolhemos tudo: nome, enxoval, parto, criação, lazer e tantas coisas. Penso até que a escolha dos itens materiais é mais prático e fácil, pois por mais que envolva custo/orçamento, vamos de acordo com nossas preferências e necessidades.

Com nossos filhos, nossa rotina, hábitos e prioridades mudam e, para todas as escolhas e decisões, eles se fazem presentes nelas. Pensamos em sempre oferecer o melhor pra eles. Até quando é diversão junto à família, logo pensamos se tal lugar será confortável, se vai agradá-los...

Diante de tantas escolhas que fazemos para nossos filhos, ainda há aquelas que vão interferir mais no lado emocional e diretamente na formação da personalidade. Essas sim, nos deixam mais divididas entre a razão e a emoção, tentamos ser mais “pés no chão”, mais firmes...atiçam o nosso senso de responsabilidade, nossos valores, porém nos preocupam mais, já que é o futuro de uma criança em jogo. Aí sim, entra a questão sobre o que queremos pra nossos filhos. E não é fácil.

Quando a criança começa a crescer, a escolha da escola (por exemplo) parece ser simples, mas penso que não é, pois não é só uma questão de preço e localização (isso quando há esse poder de escolha, pois muitas famílias, infelizmente, ainda não desfrutam disso). Envolve muitos aspectos e se formos parar para refletir, a escola é a instituição social que nossos filhos frequentam desde pequeninos e o ideal seria se estivesse em sintonia com perfil de educação que damos em casa, pois lá é um complemento importantíssimo, tem que ter parceria. A escola que escolhemos será que é boa e atenderá nossas expectativas enquanto pais? E para nossos filhos, será que irão gostar e se sentirão acolhidos lá? Será que, de fato, aprenderão mais que conteúdos didáticos?

Passa o tempo, eles crescem um pouco mais e muitas das vezes, nós, pais, “escolhemos” a carreira deles, meio imposta. Não que, eu, você aí, tenhamos a pretensão de fazer o mesmo, mas que, em algumas famílias, já aconteceu e, em outras, pode acontecer e sabemos que não é adequado, pois se nós direcioná-los a alguma profissão que não seja o perfil e não traga satisfação profissional aos nossos filhos, no futuro, eles poderão até nos mostrar o quanto não era isso que queriam e fomos nós os responsáveis pela escolha que deveria ser feita por eles.

Enquanto estão sob nossos controles, nós escolhemos para eles, mas eles crescem e farão suas próprias escolhas e a gente fica naquela expectativa que eles saibam tomar decisões assertivas para serem felizes e nos encherem de orgulho. Até esse momento chegar, nos empenhamos para que nossas escolhas para eles e que lhes influenciarão no futuro, possam contribuir, também, para que descubram seus próprios talentos e aptidões.

Como dizem, erramos na tentativa de acertar. Isso, por querer que nossos filhos se desenvolvam bem e, claro, sejam felizes com suas próprias escolhas que farão no futuro...que está tão perto.

Abraços,

Larissa Andrade.
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